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Demissão: um momento delicado e de impacto nos sentimentos de todos

O processo de demissão envolve sentimentos de fracasso e insucesso tanto para quem é desligado quanto para quem anuncia o desligamento, afinal todos se empenharam, quer seja como líder ou liderado, porém, a falha foi eminente.   Além disso, este processo afeta inclusive as pessoas que permanecem empregadas, os membros da equipe do funcionário demitido, que podem experimentar sentimentos de insegurança, dúvida, injustiça e revolta.

Notem todos são afetados!

Investimentos foram feitos e, na maioria das vezes, ninguém fica bem ao final do processo de desligamento de um funcionário.

Mas, afinal, quais as principais razões que costumam levar uma empresa a demitir um colaborador?

A seguir apresentaremos algumas das motivações para demitir uma pessoa:

  1. Zona de conforto: Acreditar que sempre sabe de tudo e dizer não ao processo de aprendizagem é candidatar-se a entrar a lista dos possíveis dispensáveis.   Hoje, o velho ditado popular  "Não é possível ficar parado nem no tempo e nem no espaço", vale mais do que nunca, afinal empresas e pessoas estão em constante processo desenvolvimento. Para isso, o indivíduo necessita estar disposto a aprender.
  2. Resistência às mudanças: Existem pessoas que nem sabe aquilo que o processo de inovação irá proporcionar e logo utiliza frases do tipo "Isso não vai dar certo" ou, ainda, "Em time que está ganhando, não se mexe".   Dizer não ao novo é perder espaço dentro da empresa e se mostrar contrário a algo que pode ser uma porta para o crescimento
  3. Geração de conflito: Não há empresa que tenha estímulo de manter em seu quadro um profissional que sempre seja a "mola propulsora" de conflitos internos. Logicamente que ninguém vive em um eterno mar de rosas, mas é preciso saber conviver com os colegas de trabalho e mediar situações conflitantes.    Não falo aqui em baixar a cabeça e perder a personalidade, mas sim em ser assertivo, ou seja, saber defender seu ponto de vista com argumentos que façam a outra parte refletir. E quando for preciso, reconhecer que também se pode estar errado e pronto para mudar determinada postura.
  4. Comunicação interpessoal: A comunicação interpessoal tem sido apontada como uma das principais competências que alavancam a carreira de um talento.   Contudo, quando a pessoa não consegue colocá-la em prática e tampouco se preocupa em aprimorá-la, cedo ou tarde será mal interpretado e isso pode ser o ponto de partida para um processo de desligamento. Saber comunicar-se bem e ouvir o que o outro tem a dizer, tornou-se indispensável no mundo organizacional.
  5. Comunicação infundada: Uma conversinha aqui, outra ali e a "rádio peão" começa a ganhar força entre os corredores da empresa, disseminando informações infundadas e fofocas que podem prejudicar tanto à organização quanto ao clima interno.    O profissional que adere ao clima do "disse me disse" perde credibilidade tanto junto aos seus colegas quanto à liderança. E esse pode se tornar um motivo para desligar a pessoa do quadro funcional.
  6. Presenteísmo: Viver sempre com a cabeça no "mundo da lua", quando se está no posto de trabalho é comprar uma viagem para fora da empresa.    Há pessoas que dedicam boa parte do seu tempo a atividades que não estão relacionadas às suas atividades laborais e depois, quando são desligadas, questionam o motivo da demissão.    Estar apenas com o corpo presente na empresa, não significa que se esteja cumprindo com as responsabilidades e nem atendendo às expectativas do negócio.
  7. Absenteísmo: A ausência física do profissional durante o expediente de trabalho é outro grande problema enfrentado pelas empresas.    Muitas vezes, o profissional imagina que uma desculpa aqui, outra ali, fará com que a liderança sempre colocará panos mornos nas suas falhas.    Por mais que exista flexibilidade na organização, toda ela sempre espera que o colaborador cumpra seu papel e quando este precise se ausentar, justifique-se e, se possível, através de um documento que comprove sua argumentação como um atestado médico ou uma declaração de que precisou comparecer a determinado órgão para resolver um assunto intransferível (presença ao Tribunal Regional Eleitoral, por exemplo).
  8. Trabalho em equipe: Quando se fala que o trabalho em equipe fortalece uma organização não é por acaso.    Não existe profissional que tenha conquistas, isolando-se em uma ostra e ficando longe dos seus pares.    É preciso que exista uma interação constante entre as pessoas, a fim de que as pessoas possam somar esforços e obterem resultados cada vez mais expressivos.
  9. Competência técnica: Esse é sem dúvida alguma um fator óbvio: a falta de competência técnica para o exercício das atribuições leva o profissional a ser desligado da organização.    Não adianta dizer que sabe fazer algo que foge ao seu controle, porque as consequências aparecerão e se tornarão visíveis para os pares e a liderança.    Se um novo equipamento for adquirido e seja de difícil manuseio, a área de treinamento existe para auxiliar o profissional a desenvolver as competências que necessárias à sua função.
  10. Eu sou o sol!: "Eu sou o sol... Sou eu que brilho", essa parte da estrofe da música O Dia Que O Sol Declarou O Seu Amor Pela Terra, de Jorge Bem Jor, não deve ser levada para o dia a dia corporativo.    Isso porque não somos um sistema solar e nada funciona ao redor dos nossos umbigos, pelo contrário.    Acreditar que é insubstituível e que a empresa só funciona em torno de si é levar o funcionário ao extremo do egocentrismo fantasioso, porque uma empresa não se faz com uma única pessoa e todos têm o seu valor.    Quando o colaborador pensa que é o "astro rei", brilha para a filha dos demissíveis.

 

As razões acima que motivam a demissão das pessoas reforça a frase célebre de Peter Drucker: " AS ´PESSOAS SÃO CONTRATADAS PELA TÉCNICA E DEMITIDAS PELO COMPORTAMENTO".