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Redes Sociais X Busca e Seleção de Profissionais

Empresas que utilizam as redes sociais como Facebook e LinkedIn no processo de recrutamento viram aumentar o índice de acerto nas contratações.   Pesquisa do Great Place to Work (GPTW) realizada com 6  mil companhias  em todo o mundo observou que o uso das redes sociais é um dos fatores que aumenta o nível de sucesso nas contratações.   Entre as companhias eleitas como melhores lugares para se trabalhar e que adotam as ferramentas digitais como prática comum de recrutamento, o índice de rotatividade é menor, de 28,5%.     No mercado em geral, esse índice é de 53,8%, segundo a GPTW, empresa global de pesquisa, consultoria e treinamento que todo ano divulga um ranking com as melhores empresas para se trabalhar.

O grande volume de dados disponíveis nas redes sociais permite que empresas e profissionais se informem melhor uns sobre os outros, o que leva a um maior alinhamento entre os candidatos e as vagas que eles pretendem ocupar”, diz Marcelo Miguel Raffaelli, diretor da GPTW e um dos responsáveis pela pesquisa.


Além de agilizar o processo, as plataformas online permitem traçar um perfil detalhado dos candidatos. Sites como o LinkedIn criaram uma padronização das informações disponibilizadas, o que facilita a comparação entre os currículos.   “As conexões, os interesses profissionais e os conteúdos postados ajudam os recrutadores a entender melhor quem é o candidato, e com isso aumentam as chances de escolher a pessoa mais adequada para a vaga”, explica Raffaelli.

“Acreditamos que os canais podem ajudar no recrutamento por serem ferramentas que permitem alcançar um grande número de pessoas ”, diz Vânia Akabane, diretora de Recursos Humanos da Alcoa América Latina e Caribe.   O uso do LinkedIn se intensificou na Alcoa nos últimos quatro anos e hoje já é uma das principais fontes de recrutamento da empresa. E agora a companhia está se estruturando para iniciar a divulgação de vagas pelo Facebook e Twitter.

Algumas empresas, caso da Radix, da área de Engenharia, profissionalizaram o uso das redes sociais. A página da empresa no Facebook se configurou como um canal tão importante de oferta de vagas e recebimento de currículos que, no ano passado, foi contratada uma analista de recrutamento. Uma de suas principais funções é, diariamente, conversar e responder as demandas dos candidatos que entram em contato pelo site de relacionamento em busca de uma colocação.   “A atuação da nova colaboradora já trouxe resultados efetivos. O número de contatos via rede social tem sido bastante satisfatório”, afirma Mariana Franco Rocha de Araújo, analista de RH.

A multinacional Chemtech, também da área de Engenharia, desenvolveu uma estratégia específica para buscar talentos.   A empresa criou uma página no Facebook voltada exclusivamente à divulgação de novas oportunidades e para a publicação de fotos e reportagens especiais sobre as áreas de trabalho: a fan page Chemtech Carreiras.   A Chemtech também tem um perfil no twitter no qual são realizadas campanhas com interessados em trabalhar na empresa.

A tendência é que os tradicionais anúncios de emprego em jornais impresso percam cada vez mais espaço para as redes sociais. “Não temos dados quantitativos sobre o tema, mas notamos um crescimento do uso de redes sociais. Ainda não se trata de uma substituição, mas de complementação gradativa nos processos de contratação”, afirma Raffaelli.

Entenda por que as redes sociais estão revolucionando o processo de recrutamento e seleção de profissionais:

1. Velocidade – a informação de vagas disponíveis e de candidatos interessados fica mais rápida.

2. Padronização – não há um modelo padrão de currículo. Com a rede, os currículos trazem basicamente os mesmos tópicos, tornando mais fácil a comparação entre candidatos.

 3. Qualidade e quantidade de informações – a rede traz insights de temas que podem ser importantes para as empresas ao escolher o candidato, o que é de grande ajuda. Muitas vezes o candidato detalha competências ou habilidades que não teriam sido descritas no currículo.

4. Profundidade de perfil – por meio das conexões que o candidato cria e do conteúdo que ele acessa e retransmite, é possível analisar os interesses e as empresas que chamam atenção dele. Assim a definição do perfil do candidato fica mais assertiva.

5. Informação de mão dupla - o candidato passa a ter mais conteúdo e informação sobre as empresas. As GPTW se preocupam muito não só em escolher os candidatos certos, mas com candidatos que escolham a empresa, que tenham alinhamento com sua missão e valores. As redes - LinkedIn, Facebook, Twitter etc. - são utilizadas.

(fonte: CanalRH, por Artur Chioramtal)